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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN:
Editora: Editora Independente/Não Encontrada
Mais que 12 Min #005
(Carreira e negócios: com Pedro Filizzola, CMO na Samba Tech)
Esse é o Mais que 12 Minutos, o podcast que acelera seu aprendizado.
Olá, eu sou Gabriel Falke, sejam bem-vindos ao Mais que 12 Min, o podcast que acelera o seu aprendizado. No episódio de hoje, a gente vai conversar sobre carreira e negócios e quem me acompanha nesse papo é o Pedro Filizzola, o CMO da Samba Tech. Ah, não estranha, tá? Porque o Filizzola gosta de ser chamado de feliz, então é assim que eu vou tratar ele durante o cast, ok? Quanto mais o tempo passa, mais o mercado de trabalho fica competitivo, principalmente aos olhos de quem tá começando e se sente perdido, e até mesmo pressionado com tanta demanda e imediatismos. Ah, eu quero ter uma carreira de sucesso. Mas e quem não quer? O que é ser bem sucedido? Qual o segredo pra se manter um profissional relevante, atual, competitivo e flexível em um momento onde as coisas são tão voláteis? Pra me ajudar a responder essas perguntas de tirar o sono eu convidei o Pedro pra bater um papo conosco, que há mais de dez anos vem construindo uma história junto da Samba Tech, uma das maiores plataformas de gerenciamento e distribuição de vídeos do Brasil.
Esse podcast é um projeto da 12 Min, o aplicativo que encurta o caminho para o conhecimento. Hoje, um dos nossos maiores problemas é a falta de tempo pra estudar e adquirir novos conhecimentos. Por isso, o que a 12 Min faz é um serviço de curadoria e condensação dos maiores best-sellers de não ficção, reunindo tudo o que você precisa para aprender em aproximadamente 12 minutos. O link do trial de sete dias tá aqui na descrição do episódio pra você testar gratuitamente.
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Pedro, antes de mais nada, brigadão por topar esse bate-papo. Querido, já que a gente tá falando sobre carreira, a Samba Tech faz parte da tua história e você da história dela. Depois de tanto tempo, você ainda lembra como foi o teu primeiro dia na empresa?
Fala, Falke, tudo bem? Prazer enorme tá aqui conversando com você sou fã do 12 e admiro tudo que vocês tão construindo aí, aproveitar pra mandar já um abraço pros meus grandes amigos, pro Gui e pro Pedrinho. Bom, como você falou, a samba faz parte da minha história, são mais de 12 anos trabalhando na empresa, foi minha primeira experiência profissional, comecei aí como estagiário, e hoje sou diretor liderando um time multidisciplinar e essa pergunta é bem curiosa porque eu lembro sim, viu Falke, desse primeiro dia. Como foi essa minha primeira experiência, né, acho que ficou realmente marcado na minha história. Eu cheguei no escritório cheio de expectativas, meio perdidão igual a qualquer moleque que acaba de chegar. Isso em Belo Horizonte. Era o nosso segundo escritório da empresa, eu acabei fazendo entrevista no primeiro. Mas o pessoal já foi mostrando minha mesa, meu computador. Na época, não tinha isso de onboard, de boas-vindas, esse processo de acolhimento que hoje é tão falado no mundo das startups porque realmente é muito útil, mesmo porque eram sete pessoas. Então eu cumprimentei todo mundo pelo nome e já fui dar uma estudada nas coisas que me mandaram. Não fiz muita coisa na prática nesse primeiro dia, mas lembro de chegar em casa super orgulhoso me sentindo muito importante, porque eu tinha ingressado no mercado de trabalho, coisa que eu queria já há um tempinho.
Você entrou lá na Samba Tech, sete pessoas no escritório e como tá esse cenário 12 anos depois, cara?
Então, hoje a gente tá com 80 pessoas, 30 vagas abertas com a expectativa de mais 100 até o final do ano, a gente tá com um crescimento exponencial e isso me deixa super satisfeito porque a gente acabou de lançar nosso rebranding, reforçando o nosso propósito de ajudar a levar conhecimento a todos os cantos do país. E lançamos uma nova unidade de negócios, que é a Samba Digital, focado em transformação digital, ajudar a empresa, o mercado, a mergulhar nessa era online, digital. A gente tá crescendo, trazendo talentos e aí espalhados pelo Brasil inteiro, foi muito bacana, a pandemia ajudou a trazer esse novo conceito de que a gente agora tá contratando de diversos cantos do país e isso foi ótimo porque ampliou nosso leque de possibilidades.
Claro, a pandemia mostrou que o remoto é possível, né?
Total, total, e a gente já trabalhava muito bem, à distância e usando o digital pra isso, a tecnologia, mas nunca tinha feito contratações, então a gente tá tendo um desafio de fazer onboard, de aclimatar pessoas mesmo a distância, mas tem funcionado. É um momento diferente do que eu vivi lá atrás, conhecia todo mundo pelo nome, era muito fácil, eu cumprimentava todo mundo, hoje já é um desafio porque a gente já tá contratando quatro, cinco pessoas por semana, então a gente não pode perder nossa cultura, nosso clima, que é sem dúvida um dos nossos diferenciais.
E esse é um desafio, né? Você crescer com a cultura alinhada, independente do número de pessoas na equipe, né?
Eu tava até ouvindo, né, o Guilherme Benchimol da XP, cultura é a graxa que liga uma engrenagem com a outra, se ela não tiver ali, uma hora vai explodir. E eu acredito muito nisso, a gente tem uma cultura forte, o nosso desafio é transparecer, desaguar isso, em todas as pessoas agora nos diversos cantos do país
Feliz, cara, você tem formação em Marketing, quero saber qual era o teu maior sonho nos tempos da facul em termos de trabalho e se ele mudou muito depois de uma década?
Eu me formei na PUC-Minas em Publicidade e Propaganda, e essa história é legal porque conhece antes da faculdade, viu Falke? Eu estudei no Colégio Santo Antônio, um colégio tradicional aqui de BH, tenho um carinho enorme por ele porque foi onde fiz os melhores amigos e porque foi lá que aprendi muita coisa extraclasse. O portão é aberto a partir do primeiro ano do Ensino Médio. Então, se você quiser matar aula, tá permitido.
O critério é seu. Você se torna um jovem adulto já nessa hora, então? Tomando decisões?
Com 15 anos, você já escolhe se vai assistir a aula ou não. E quem é de BH conhece a fama do Santo Antônio, de ser difícil, e era. Eu tava longe de ser um dos melhores alunos. Sempre fui ali um aluno do fundão, sempre gostei muito de jogar futebol, mas sempre consegui passar de ano. Então, como as provas eram realmente meio apertadas, por mais que eu quisesse matar aula pra jogar futebol, isso ia me prejudicar. Bom, aí no terceiro ano, além de ter que estudar mais pra passar no colégio que no próprio vestibular, chegou uma hora que você tinha que escolher o que queria fazer. Tinha que marcar lá na época o que queria pro vestibular. Eu, inclusive, acho um modelo bem justo, você com 18 anos tem que decidir o que quer fazer pro resto da vida. Bom, mas enfim, meu pai é psiquiatra, minha mãe é psicóloga e apesar deles não admitirem, sempre terem apoiado na minha decisão, eu acho que no fundo eles queriam que eu seguisse uma carreira de saúde. Mas no meio dessa dúvida eu tinha duas certezas: não seria nem Medicina, nem direito. E aí fui fazer teste vocacional, aí fiquei entre Publicidade e Filosofia, no entanto Filosofia foi minha melhor matéria na faculdade.
Olha! Tava relacionado ali, né?
Exato! Bom e aí já na PUC, no meu terceiro período eu já tava meio cansado de jogar bola pela manhã. Chegar em casa, almoçar, dormir vendo Globo Esporte e acordar pra ver Malhação e aí fui atrás de um estágio. E aí, igual qualquer moleque de Publicidade, primeira coisa que fui foi procurar agência. E aí eu rodei umas cinco aqui de BH e foi muito legal, porque foi aí onde tive a certeza que não era aquilo que eu queria. Eu gostava mais de empresa e naquela época nem fazia ideia que o nome disso era marketing. Mas aí conversando com um amigo, Pedroquinha, quero até deixar um abraço aqui pra ele, já é um amigo da época do colégio e conversando com ele falei que tava atrás de estágio e ele me disse "aqui na empresa onde eu trabalho, a gente tá atrás de um estagiário". Perguntei com o que vocês mexem, na época era joguinhos pra celular, nada a ver com o que a gente faz hoje. Ele me explicou que eram 6 horas de estágio, o clima era muito legal e eu disse, legal, eu gosto disso. Perguntei se pagavam bolsa estágio, disseram que sim e logo perguntei quando que eu começo. (risos)
É isso aí, então, vamos lá!
Vamos marcar uma conversa lá com a Samba, foi o meu primeiro contato com o Gustavo, primeiro presidente da Samba, e aí a gente numa sala mesmo, com mais duas ou três pessoas, batemos um papo, o pessoal gostou, na semana seguinte eu já comecei no outro escritório, então foi aí onde eu embarquei na Samba, eu comecei como estagiário de conteúdo, nem é o marketing de conteúdo como a gente ouve tanto falar hoje. Eu empacotava os games pra mandar pras operadoras. E aí, né, ao longo dessa jornada de 12 anos muita coisa aconteceu, né Falke.
Deixa eu pegar esse gancho cara, falando de muita coisa mudou da carreira, deixa eu falar do momento pivô, que é o momento que você subiu um degrau e pegou uma maior responsabilidade dentro da Samba e começou a gerir uma equipe. Cara, você começou como estagiário, né, na parte de conteúdo e hoje mesmo você tem uma equipe multidisciplinar embaixo de você. Como foi esse primeiro passo de trabalhar com pessoas?
Eu sou um privilegiado, Falke, porque eu passei por todas as áreas e funções que hoje eu lidero. E isso me ajudou demais porque consigo ter uma conversa com meu time de alto nível, não é simplesmente eu tirar do sovaco as decisões ou porque li em algum lugar. Eu vivi aquilo. Eu passei um bom tempo como estagiário da empresa, eu saí pra fazer intercâmbio que foi uma das experiências mais importantes e marcantes da minha vida. Aí eu voltei já liderando uma pessoa, a Patita, que é uma grande amiga, inclusive já mando aqui um grande abraço pra ela e junto a gente formou uma boa dupla. Eu não tinha experiência, mas tentei fazer com ela o que eu gostaria que fizessem comigo. E aí ao longo do caminho eu fui tendo oportunidade de incrementar e trazer mais pessoas pra equipe. E da mesma forma que existe o pipeline de vendas, existe o pipeline da liderança. O meu amigo, o Fernando Pacheco, que eu tive o privilégio de liderar e aprender com ele, hoje é diretor de operações de uma empresa em Portugal que me apresentou esse conceito. E primeiro você é líder de si, isso é muito importante pra saber quais são as suas responsabilidades e características, as suas fortalezas e gatilhos, depois você é líder de outro, de outra pessoa, depois você é líder de outro e de outros que têm outras equipes e assim por diante. E cada fase tem o seu desafio, eu mesmo antes de ser promovido a diretor, eu passei um ano participando de reuniões de heads e de conselho. Por mais que eu tivesse ansioso no momento por aquele cargo, foi importante demais ter vivido essa transição, pra viver ali na prática como tomar melhores decisões, pra ter as responsabilidades que eu tenho hoje, pra poder ser um líder mais preparado, mais pronto. Tem uma teoria interessante, se chama Teoria de Piper, Princípio de Piper, que diz que num sistema hierárquico, todo funcionário tende a ser promovido até o seu nível de competência. Ou seja, cada passagem que você tem ele muda de habilidades, se a pessoa não tiver disposta a estudar e a evoluir, ela vai estagnar, e se você é um líder isso acaba sendo mais perigoso porque vai refletir na performance da sua equipe. Então eu acho que passa por aí a minha experiência.
Feliz, eu não sei se você já chegou a ouvir frases no seguinte sentido, "ah, o Feliz é diretor, é super bem-sucedido, ele se deu bem" e aqui vão duas perguntas: o que você entende por sucesso e embaixo dessa superfície do Pedro Filizzola, o CMO da Samba Tech, o que tem por baixo desse iceberg que tá embaixo d'água em termos de preocupação, de paciência, de nervosismo, de estresse, o que tem embaixo dessa ponta do iceberg que ninguém vê?
É, tem tudo isso, viu Falke?
Tudo isso e provavelmente mais um pouco, né?
(risos) É. Sucesso é se você tá satisfeito onde você está. E se você tá contribuindo com o seu crescimento e o crescimento do negócio. Acho que é muito mais jornada do que destino. Eu já consolidei algumas entregas, alguns ciclos e é importante pra reconhecer pra gente mesmo, que a gente tá no caminho certo, mas eu sinto que é uma busca constante de evolução, né? Quando menos você espera, você se vê apegado num conceito do passado, até num pouco inteligência emocional, faz parte. O importante é não desanimar, eu tenho um lema que eu gosto muito e sigo, faço questão de comunicar pro time e pros outros diretores também que é 20 minutos pra chorar e mãos à obra. Então se alguma coisa acontecer na sua vida, na sua carreira, não adianta nada ficar chorando o leite derramado, parece aqui clichês, frases prontas, mas a partir do momento que aplica isso, querendo buscar soluções pros desafios, isso vai te credenciando, dando repertório, vai te fazendo agir. Sai do lugar. É legal que eu tava vendo uma live nesse período de quarentena, do nosso CEO que estava falando com o Léo Farah, que é capitão aí do corpo de bombeiros que participou dos desastres de Brumadinho e de Mariana e ele fala que quando as pessoas estão numa situação de conflito e incerteza extrema, elas tendem a ter três reações: ou paralisar, ou fugir, ou enfrentar. E normalmente quando a gente passa por situações de dificuldade a gente tende a afastar essas situações, ah odeio falar em público, aí não quero. Se você entende que isso é importante para o desenvolvimento pessoal de carreira, é justamente o contrário, você tem que começar a participar cada vez mais daquilo. E ele falou justamente disso, ele treina o time pra participar de situações extremas, situações de conflito e caos pra que eles saibam ali como reagir. Então eu acho que é muito isso, o mãos à obra é muito a questão de não ficar parado, paralisado pelo medo.
Cara, eu concordo em termos do que você comentou mas o que mais bateu e tô refletindo e a parte de que o sucesso é um conceito pessoal e a realização de você ser uma pessoa bem-sucedida acho que não depende de uma outra pessoa, família, ou amigos falarem que você é uma pessoa bem-sucedida. O sucesso é você que dita, quanto você tá feliz operando naquele momento e é importante as pessoas refletirem sobre isso também. Acho que hoje a gente tem uma pressão tão grande da sociedade pra gente decidir a faculdade dos nossos sonhos com 18 anos, entrar num emprego dos sonhos supercedo, construir uma carreira dos sonhos super sólida, aquilo tão tradicional, A+B+C, mas eu acho que o que a gente tem que medir como sucesso, o nosso termômetro tem que ser pra tudo isso, tá dentro da gente, o que faz a gente feliz.
100%, é exatamente isso. Muito mais pessoal que externo. E já pegando um gancho no seu comentário, debaixo do iceberg tem muita coisa, noites em claro, ensaios exaustivos, coaching, choro na cama que é lugar quente, mas o que não te mata te ensina.
Eu gosto muito de um livro do Flávio Augusto, o fundador da Wise-Up, que é o Ponto de Inflexão, onde ele fala de alguns episódios que mudaram a vida e a carreira dele. Tem algum momento na tua carreira que foi super marcante e atuou meio como um divisor de águas?
Vários, vários. Vou citar alguns aqui, fazendo essa reflexão de bate-pronto. Quando a gente construiu essa estratégia sólida de assessoria de imprensa que gerou publicações nossas na mídia foi super legal porque foi depois de um feedback duro que recebi da nossa marca num limbo sem identidade. Acho que teve muito a ver com o meu mantra, eu recebi e absorvi aquilo, já construímos uma estratégia solida que resultou nas publicações, abriu portas e deu visibilidade. Quando eu implementei o processo de inbound, deixando claro, junto com o time, e hoje é o principal motor de aquisição de novos clientes, foi uma transição muito grande porque a gente trabalhava muito com o marketing tradicional, esperando as definições, mas a partir do momento que a gente vira protagonista das estratégias, no marketing e em vendas a gente vê o resultado nas contas.
Pro pessoal que tá ouvindo a gente, o inbound seria uma estratégia de criação de conteúdo, pra engajar pessoas interessadas, criar uma levantada de mão e isso passar pra uma pipeline de vendas, criar meio que um funil de vendas através disso, né?
Perfeito. É a forma passiva de atrair o potencial cliente atraindo valor pra ele. Normalmente, esse valor é através do conteúdo, então você compartilha algo relevante, você armazena as informações do potencial cliente pra transformar num lead, depois você vai se relacionando com aquele lead, quando ele tá pronto, tem perfil e maturidade, você passa pra equipe de vendas que vai fazer o que sabe fazer de melhor que é negociar e vender. Mas você passa a fazer parte do funil de marketing e vendas, que no passado era só um funil de vendas. O marketing passa a ser protagonista das estratégias de prospecção. O outro foi quando eu entreguei, junto com o time de talentos, nosso evento presencial da Samba. Eu sou um analista, mais voltado pra dados e segurança e quando você faz um evento, lida com caos o tempo inteiro, palestrante, lugar, peças, patrocínios, venda de ingressos. Num dos eventos que a gente fez, um palestrante cancelou 40 minutos antes de entrar no palco. Você tem que lidar com isso, mas foi uma bagagem importante demais, pra eu poder saber lidar com isso. E hoje os eventos, agora infelizmente por conta da pandemia não estamos fazendo, mas estamos adotando pra estratégia, se não tivesse assumido o risco lá atrás, não teria hoje esse canal super relevante. Teve momentos também de feedbacks duros que eu recebi do próprio time e tive que fazer um esforço grande, um exercício de autoconhecimento que me obrigou a me mexer, busca ajuda, conhecimento. Mudou não só minha carreira, mas minha vida. Eu escrevi um artigo no Medium, de vez em quando escrevo momentos pessoais, esse deve ter sido o meu post mais famoso da minha carreira, mas eu gosto de compartilhar conhecimento, coisas do lado da vida pessoal e do Feliz com outras pessoas que é legal. Esse post o título é A dor e a delícia do autoconhecimento. Eu falo muito do quanto se conhecer é fundamental pra conhecer os gatilhos, né, crescendo e desempenhando suas funções com base nisso.
Cara, sensacional, eu acho que essa parte do autoconhecimento é sempre muito difícil. Sempre chega um momento da vida que a gente dá um suspiro e pensa se não tá na hora de um pouco de terapia.
Exato, e eu inclusive acho que isso tinha que ser ensinado no colégio, na faculdade. Normalmente as pessoas, esse exercício de autoconhecimento, elas tendem a evitar porque têm medo de descobrir uma pessoa que elas não querem porque têm medo. Foi um pouco do que aconteceu comigo e é duro isso, é um exercício de...
Um choque, né? Você não tá preparado pra encontrar uma pessoa que tá tentando evitar há tanto tempo...
Exato, tem que ter um exercício de humildade forte e entender a partir do momento que você se conheceu e agir em cima disso. Você pode também negar, dizer que não é assim, e fugir, ou então realmente entender que teve aquele momento por alguns gatilhos. Começar a agir em cima disso, né? É um exercício forte que exige coragem, exige muito um exercício mesmo de inteligência emocional pra caminhar e evoluir.
Se a gente pegar a palavra carreira, com negócios, sempre pipoca aquela palavra em inglês ownership, você como funcionário ter o sentimento de dono. Qual é a tua visão sobre essa visão tão propagada dentro das startups hoje em dia?
Muito legal citar esse tema porque durante a pandemia eu participei de lives e palestras sobre marketing e carreira. E mais de uma vez me perguntaram sobre quais as características do profissional de marketing moderno. E sem dúvida esse sentimento de dono é uma delas. Eu admiro muito essa questão do ownership. Lá na Samba a gente chama de accountability e de DRI, é um conceito que ficou famoso porque o Steve Jobs usava lá na Apple. Que nada mais é do que assumir as responsabilidades, ser protagonista. As pessoas querem ter autonomia, mas muitas vezes não querem pagar o preço de descobrir qual o melhor caminho, que pode passar por fazer coisas que não estão no escopo, que elas não gostam, né?
E errar, né?
Exato, é muito comum ouvir as pessoas falarem a empresa. A empresa não me desenvolve, a empresa não me promove, mas quem é a empresa? A empresa somos nós, somos nozes (risos). Então a partir do momento que a pessoa assume a responsabilidade, ela começa a agir em prol do próprio desenvolvimento. Tem uma frase incrível que ouvi do Almir Gentil, que é nosso investidor anjo lá na Summer, que é se você tem um problema e não propõe uma solução, então você é parte do problema. A partir do momento que você busca essa solução, então você já é ownership porque já está em busca da solução. Por mais que não seja o ideal, aquilo já demonstrou muita coisa sobre o seu perfil, sobre o seu caráter. Tem um Ted muito legal de um capitão da tropa de elite americana que fala do Extreme Ownership, que nada mais é do que assumir as responsabilidades. Ao invés de colocar a culpa nos outros. Não ceder a essas desculpas, não negar que os problemas existem. Sem dúvidas, acho que uma das principais qualidades, não só pro profissional do marketing moderno, é pro profissional moderno, ser dono de si, assumir as responsabilidades e seguir em frente.
Se você não assumir as responsabilidades e trazer aquilo como algo seu também, participativo do teu próprio lado, alguma outra pessoa vai acabar fazendo. E quando você se torna parte desse ecossistema, em termos de visibilidade, comprometimento e até do quão bem você se sente naquele lugar, acaba refletindo em crescimento empresarial, em crescimento de carreira também. O ownership e o crescimento profissional caminham lado a lado.
Concordo 100%. É muito comum as pessoas dizerem “eu quero crescimento, ser líder, uma promoção vertical”, mas não estão dispostas a estudar e se desenvolver em cima das características que precisam pra aquilo. Eu gosto muito de falar com meu time que as pessoas compram a sua promoção, entregando aquilo com características que precisam pra aquela nova responsabilidae que vão assumir. Quem quer ser um bom líder tem que desenvolver a habilidade de oratória, de prioridades, de ajudar as pessoas ao redor. Então, a partir do momento que você já começa a entender quais são as suas responsabilidades e começa a se desenvolver, a ser proativo para começar a estudar em cima dessas coisas, você já se diferencia pra quando surge a oportunidade de uma promoção
Existe um evento promovido pelo Google, nele existe uma conversa entre duas pessoas do lado de uma ladeira, e tem uma pergunta feita várias vezes que é a seguinte: o que você faria se tivesse 100 reais ou 100 dólares nesse momento e cara, eu já vi várias respostas e uma das mais criativas foi: eu pagaria uma xícara de café para ter uma mentoria com as pessoas que estavam ali perto da lareira. Então, se você tivesse dinheiro pra tomar apenas uma xícara de café, com quem você gostaria de ter uma mentoria?
Eu tenho uma teoria muito interessante e eu já até escrevi sobre isso no meu Medium. Você nunca vai perder conversando com as pessoas. Você pode buscar conhecimento de diversas formas, com leitura, cursos, mas conversando com pessoas também. É um hábito que vai contribuir com pessoa. Tem uma escritora, palestrante e guru espiritual, autora do meu livro preferido, livro de cabeceira mesmo que é “Um dia minha alma se abriu por inteiro”, ela é uma americana, negra, nasceu em uma família muito humilde, mas deu a volta por cima e se transformou numa das principais autoras daquele país, ela viajou numa jornada espiritual e bota tudo nos seus livros. Ela é incrível e eu acho que queria tomar um café com ela para aprender um pouco mais sobre espiritualidade sobre essa jornada de buscar luz
Feliz, eu tô gastando a minha única xícara de café com você. Se você pudesse dar uma dica é essencial para quem busca acelerar o crescimento na sua carreira, qual seria? Eu sei que não existe um caminho das pedras, não precisa me dar receita de bolo porque não isso não existe, mas me dá uma dica.
Legal, eu acho que é buscar conhecimento, Falke. Conhecimento é essencial, principalmente nesse contexto tão dinâmico que a gente tá vivendo. Mesmo com tanta volatilidade, a gente tá numa época de conhecimento tão disponível por causa da internet. Eu sou da época que fazia pesquisa na Barsa Enciclopédia, e eu nem sou tão velho assim, né, mas hoje a gente tem essa possibilidade nesse mundo cada vez mais digital. Pior que a gente está se afastando dos outros, a gente acaba se escondendo atrás dos nossos computadores, smartphones, acaba evitando esse contato mais pessoal.
Existe um descolamento social, né? A gente está mais conectado e tal, mas também tá menos conectado pessoalmente.
Exatamente! E a partir do momento que a gente adota essa prática, a gente se perde da vida, de se relacionar, então deixa de se relacionar e tá perdendo oportunidade de adquirir conhecimento, eu acho que essa coisa de tá ligado o tempo todo, você nunca perde conhecimento ao se relacionar com as pessoas, isso pode ser uma poderosa ferramenta para você evoluir. Pode ser que uma conversa que não vai te agregar do jeito que você quer mais dificilmente você vai perder conversando com alguém.
Mas eu acho que é um conta-gotas, né? A gente tem essas conversas aí vai juntando tudo, de repente tá gigante, né? Eu quero puxar um gancho no que a gente falou de carreira, tem muita gente que se sente pouco motivado, estagnado por trabalhar muito tempo no mesmo lugar. Como a pessoa pode dar uma aliviada nessa angústia para uma mudança de rumo profissional?
O primeiro, Falke, é saber o que que você quer. E saber o que você não quer também já pode ser o primeiro passo, é muito importante você eliminar das possibilidades de onde você não quer ir. Você precisa saber o que você quer. Vai que você tem gosto de trabalhar numa multinacional para crescer lá. Ótimo, faz parte você pode começar a participar de conversas estratégicas ou então ir adquirindo mais conhecimento para, se presenciar uma possibilidade, você abraçar. Teve um caso dentro da própria Samba, de uma pessoa do meu time que tinha muito interesse mudar, ela tinha um papel muito importante, não era possível naquele momento fazer essa mudança de posição, mas ela foi se especializando. Comecei a ajudar ela a ir conversando com as pessoas e fui colocando ela nas atividades do dia a dia mais relacionadas ao que ela queria. Um dia pintou a oportunidade, ela se interessou bastante e hoje atua como head de marketing numa empresa de São Paulo. Então é sempre bom já ir entendendo quais são as características das responsabilidades que precisa desenvolver dentro do próprio da própria função. Outro ponto interessante é sempre ir conversando, sou sempre a favor da transparência, de nada adianta avisar que vai sair no dia seguinte ao voltar das férias, tudo bem que é questão de oportunidade, mas conversar, falar, é sempre importante.
Comunicação, né? Comunicação é a base de todo bom relacionamento.
Exato, eu também tenho uma teoria própria de que 90% dos problemas de relacionamentos tem a ver com comunicação. É muito ruim você ser pego de surpresa, às vezes a pessoa volta de férias e te disse que vai embora no dia seguinte como eu falei. Não custa ir conversar, pra todo mundo obter alguma segurança, nem que seja um plano de 3 meses, 6 meses, ou mesmo 1 ano pra conseguir se estabelecer e ir atrás do salto da carreira que você quer.
Feliz, foi uma ótima conversa, por mim a gente ficava mais duas horas conversando, mas eu preciso encerrar o episódio. E para encerrar uma pergunta que faço para todos os entrevistados, eu queria saber se você gosta de ler e se você poderia indicar um livro para os nossos ouvintes.
Sem dúvida, a leitura é fundamental para qualquer profissional. Hoje vou recomendar meus dois livros preferidos o primeiro é Reinvente sua empresa e o outro é O poder do hábito, um verdadeiro divisor de águas, um livro para entender como eu deveria substituir muitos hábitos da minha vida, tudo isso tá lá.
Feliz, excelentes recomendações. Muito, muito, muito obrigado pelo nosso bate-papo, tá?
Muito obrigado pela oportunidade, eu sou muito fã do 12. Espero que tenha contribuído com quem está nos ouvindo. Grande abraço!
Sem dúvida um dos melhores hábitos que você pode desenvolver é a leitura. Mas vamos combinar que nem sempre a gente tá com tempo suficiente pra ler tudo que gostaria. No 12 min, condensamos os melhores best-sellers em microbooks, que podem ser consumidos por áudio ou texto diretamente no nosso app, disponível pra Android ou IOS. Se você gostou desse episódio, não esquece de compartilhar ele nas redes sociais e marcar a gente na @12minapp. Quer conversar com a gente e dar o seu feedback? Então manda um e-mail pra [email protected]. Até a próxima!
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